Minha
história
Meu
pai se chama Divaldo e minha mãe Aleci. Quando criança, meu pai
morava no Mato Grosso, logo veio para Ji-Paraná-RO e minha mãe, da mesma forma,
veio do Paraná.
Estudaram
juntos e começou a nascer um amor. Meu pai, aos 12 anos, pediu minha mãe em
namoro e um ano depois, eles fugiram.
Tiveram
dois filhos antes de mim. Quando eu tinha oito meses de idade, tive uma doença
chamada Hepatite, quase morri. Quando pequenino, eu era um anjinho, mas quando
comecei a correr, comecei também a fazer arte junto com meus primos e amigos.
Ia escondido tomar banho na represa, montava em bezerros, ia com meu pai ao
curral, tirar leite, jogava bola com meus primos. Eu era o menorzinho e o melhor
jogador, por isso eles ficavam com raiva de mim e tentavam me bater, mas como
eu era muito esperto eu corria e eles jogavam pedras em mim.
Também
gostava muito de ver televisão, mas na minha casa não tinha, então eu ia
atormentar meus avós porque lá tinha tv, ficava fazendo travessuras e
atormentando meu pai até ele comprar uma televisão, isto foi a melhor coisa do
mundo naquela época.
Com
seis anos eu já ia para escola com minha própria bicicleta, no começo eu ficava
chorando querendo minha mãe, mas logo me acostumei, só comecei a gostar de
estudar porque eu tinha um grande sonho: ser um bom jogador de futebol e sabia
que sem estudos eu não seria nada e ninguém, já tive muitas oportunidades de
jogar futebol profissionalmente, mas na é poda não tinha condições financeiras.
Meu pai também não deixou, fiquei muito bravo e com ódio do meu pai e aí
comecei a fumar e beber bebidas alcóolicas. Só hoje entendo que meu pai queria
o melhor para mim.
Parei
de estudar, falava para meus pais que o estudo não ia me fazer falta, dizia que
queria curtir minha vida, conhecer coisas novas, era muito novo e não dava
valor à minha vida. Hoje a valorizo e cuido, mas de mim, pois escapei por pouco
da morte, não foi fácil não! Eu não morri porque sei que Deus tem muitas propostas
na minha vida, não sei o que é, mas estou tentando descobrir. Sei que é por
Deus que estou vivo, pois saí do sítio para morar na cidade com minha avó,
fiquei quatro meses lá e nesse período sofri três acidentes, dois de
motocicleta e um de carro e em todos eles eu estava alcoolizado.
Voltei
a morar no sítio com meus pais, minha mãe pediu para eu voltar a estudar, até
que ela me convenceu. Quando voltei a estudar, minha prima Josiele me deu a
maior força, ela é como uma irmã para mim, uma querida irmã que infelizmente
nunca tive.
Eu
não conhecia quase ninguém, apenas alguns amigos continuavam na escola, um
deles é o Lucas. Eu só pensava em estudar mesmo, mas conheci uma menina
especial, fiquei com ela um mês e hoje vivo por ela, ela é minha luz. Tem uma música
que gostamos muito ''Te vivo'', escuto essa música todos os dias e penso nela,
penso nos momentos bons que passamos juntos.
Ela era namorada de um colega meu,
depois que terminamos, ela voltou para ele, todos os dias quando chegava no
colégio e os via juntos, o meu mundo acabava. Agora eles terminaram e meu amor
por ela cresceu. Tenho esperança de voltarmos a namorar.
No ano de 2012 eu perdi uma pessoa
especial, um amigo que se foi, tem pouco tempo que ele faleceu e eu ainda sonho
com ele brincando e jogando bola comigo. Seu nome era Rosivaldo, mais conhecido como Rô, uma pessoa que nunca vai se apagar a minha
vida, está no meu coração.
Hoje eu tenho 20 anos, tenho uma
família que me ama e eu tenho muitos sonhos para realizar.
M. M. S.
Voltar para a escola foi uma sábia decisão. Parabéns!Ah! E o amor... parte para outra!
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