O
projeto
Minha
história começa quando meus pais se conheceram ainda criança na escola, meu pai
tinha doze anos, era um menino muito feio e branco e mamãe tinha oito para nove
anos, era uma morena muito bonita.
Eles brigavam
muito porque se gostavam, mas não tinham coragem de assumir. Os dois foram
crescendo e aquela briga que tanto os atrapalhava se transformou em num lindo
amor... Começaram a namorar, ela morava longe, então só se viam de quinze em
quinze dias, meu avô era muito rígido e propôs o prazo de um ano para eles se
casarem, que era tempo suficiente para arrumarem a casa e o enxoval. Não
tiveram noivado. Depois de um longo período de namoro, houve a grande festa de
casamento com bastantes convidados, a lua de mel foi na própria casa.
Deste
lindo romance nasceram seis lindas filhas: Cleide, Cristiane, Fabiana,
Cleonice, Gleicy e eu, a caçula, as quatro primeiras são casadas e a penúltima
está noiva. Minha mãe fala que minha infância foi muito abençoada, o único
problema é que eu era muito chorona e não dava sossego a ela, não gostava de
mamar na mamadeira, eu era muito arteira, batia nas filhas das minhas irmãs da
mesma idade que eu.
Meu
pai tinha um bar, e eu só esperava eles ficarem ocupados para fugir de casa,
tinha um lugar que eu gostava de ir quando fugia, era o açougue. Todas as vezes
que meu pai ia comprar carne, me levava com ele, então aprendi o caminho e
fugia para lá, pois achava bonito ver o açougueiro cortar as carnes. Quando
minha mãe dava por conta, o açougueiro já estava me levando de volta. Fui
crescendo, e já no primeiro dia de aula empurrei meu coleguinha na lama e levei
advertência, minha mãe neste dia brigou muito comigo, eu era daquelas crianças
muito rebeldes, ganhava bonecas e as destruía, jogava fora.
Como o tempo não
para, cresci e hoje estou com quinze anos de vida e muita saúde, meu desejo é
fazer aula de canto e aprender a tocar alguns instrumentos musicais. Minha
família e uma dádiva de Deus e todos servimos a Ele, pois só Ele é digno de
toda honra e toda a glória.
M. A. S.
Por que você gostava tanto de ir ao açougue? Espero que não seja mais tão fujona. Parabéns pela bela história!
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