sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Histórias de Vida


O projeto

   Minha história começa quando meus pais se conheceram ainda criança na escola, meu pai tinha doze anos, era um menino muito feio e branco e mamãe tinha oito para nove anos, era uma morena muito bonita.
   Eles brigavam muito porque se gostavam, mas não tinham coragem de assumir. Os dois foram crescendo e aquela briga que tanto os atrapalhava se transformou em num lindo amor... Começaram a namorar, ela morava longe, então só se viam de quinze em quinze dias, meu avô era muito rígido e propôs o prazo de um ano para eles se casarem, que era tempo suficiente para arrumarem a casa e o enxoval. Não tiveram noivado. Depois de um longo período de namoro, houve a grande festa de casamento com bastantes convidados, a lua de mel foi na própria casa.
   Deste lindo romance nasceram seis lindas filhas: Cleide, Cristiane, Fabiana, Cleonice, Gleicy e eu, a caçula, as quatro primeiras são casadas e a penúltima está noiva. Minha mãe fala que minha infância foi muito abençoada, o único problema é que eu era muito chorona e não dava sossego a ela, não gostava de mamar na mamadeira, eu era muito arteira, batia nas filhas das minhas irmãs da mesma idade que eu.
   Meu pai tinha um bar, e eu só esperava eles ficarem ocupados para fugir de casa, tinha um lugar que eu gostava de ir quando fugia, era o açougue. Todas as vezes que meu pai ia comprar carne, me levava com ele, então aprendi o caminho e fugia para lá, pois achava bonito ver o açougueiro cortar as carnes. Quando minha mãe dava por conta, o açougueiro já estava me levando de volta. Fui crescendo, e já no primeiro dia de aula empurrei meu coleguinha na lama e levei advertência, minha mãe neste dia brigou muito comigo, eu era daquelas crianças muito rebeldes, ganhava bonecas e as destruía, jogava fora.
   Como o tempo não para, cresci e hoje estou com quinze anos de vida e muita saúde, meu desejo é fazer aula de canto e aprender a tocar alguns instrumentos musicais. Minha família e uma dádiva de Deus e todos servimos a Ele, pois só Ele é digno de toda honra e toda a glória.

M. A. S.

Um comentário:

  1. Por que você gostava tanto de ir ao açougue? Espero que não seja mais tão fujona. Parabéns pela bela história!

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