sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Histórias de Vida



Amor sem fim

A história desse amor sem fim começa assim: meu pai, Gerônimo, é muito conhecido como Gero e minha mãe, Josefa, como Neguinha. Eles se conheceram no velório da minha prima em meio à dor e sofrimento.
Meu pai foi vereador em uma cidade chamada São Domingos, localizada no interior do estado de Sergipe, também nessa mesma cidade, meu pai foi eleito vice-prefeito, até hoje tem um povoado que se chama José Benício Filho em homenagem ao meu falecido avô.
Minha mãe sonhava em se casar e ter filhos, ela se encantou por meu pai que já era casado e ela não sabia, minha mãe tinha um namorado e meu pai também não sabia, mas começaram um relacionamento.
Minha mãe tinha o desejo de ser mãe e meu realizou seu desejo, tiveram a primeira filha, deram a ela o nome de Geroalda, depois de 11 meses, nasceu Geroaldo, depois de três anos veio a Gicelma, depois de dois anos eu nasci e recebi o nome de, Gilmar.
A minha infância nunca fui fácil, meu pai tinha duas famílias para sustentar e por isso veio para Rondônia, em 1978, a fim de ganhar dinheiro para manter as duas famílias, quando ele chegou aqui era tudo mato, tinha apenas uma pequena estrada de terra. Quando precisava ir à cidade, andava quilômetros para chegar ao destino final. Depois de dois anos nessa luta, meu pai resolveu voltar para Sergipe para buscar sua segunda esposa que acabou por falecer aqui, depois de quatro anos, meu pai fui buscar outra esposa que ele arrumara por lá e que  acabou o traindo, depois de cinco anos meu pai fui para Sergipe novamente para tratar de negócio e viu  que estávamos passando necessidades e resolveu nos trazer para Rondônia com ele para nos dar uma vida melhor.
Viemos para Rondônia no dia 03/11/2000, no mesmo dia e mês em que nasci, aqui minha mãe teve mais dois filhos: Jefferson e Jederson.
Meus irmãos começaram a estudar com seis e sete anos de idade, mas eu comecei a estudar com 11 anos, não porque meus pais não queriam, mas porque eu não queria, só estudo porque meus pais sentem orgulho de mim.
Eu sempre vi no rosto de meus pais a dor e o sofrimento, sempre tivemos uma vida difícil. Como disse, minha infância nunca foi fácil, eu e meus irmãos tivemos que trabalhar muito cedo porque a família era grande, acordávamos às 3h00 da madrugada para ordenhar as vacas, depois tirar um tempo para buscar os tambores para lavar. Trabalhamos muito e continuamos porque precisamos manter a família numerosa e se Deus quiser, ainda terei um grande futuro pela frente.

G.

Um comentário:

  1. Nossa, Gilmar, que vida difícil, hein? Mas a vida é assim, nem tudo sai como queremos! Parabéns pela história!

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