sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Hiatórias de Vida





Infância roubada

Sou Cleiton, tenho 18 anos, moro no sítio, linha 128, perto da escola Polo Irineu Antônio Dresch.
Quando pequeno, eu era muito bagunceiro, fazia muita bagunça e sempre apanhava, quando tinha dois anos de idade, meu irmão kevison nasceu, três anos se passaram e minha irmã também nasceu.
Eu maltratava muito meus irmãos quando minha mãe saia e me deixava tomando conta deles. Uma vez peguei meu irmão pelo pé e joguei-o de cima do sofá, batia e brigava com a minha irmã, procurava encrenca com todo mundo, essas são algumas  das artes que eu aprontava.
Os anos passaram, aos oito anos viajei com minha mãe para Goiânia para fazer uma cirurgia das vistas, essa cirurgia era urgente. Ficamos na casa da minha tia por três anos para fazer o tratamento, tudo correu muito bem e a cirurgia foi excelente.
Quando o tratamento acabou, voltamos para casa, eu sentia muita saudade de todos os meus parentes que aqui ficaram, principalmente dos meus irmãos, porém, no período que ficamos fora, muitas coisas aconteceram, pessoas que gostam de “conversar fiado”, andaram falando mal da minha mãe para o meu pai, inventaram muitas fofocas e, por isso, meu pai se separou de minha mãe.
Com a separação, meu pai foi para Espanha trabalhar, ficou cinco anos fora do Brasil. Nesses anos que meu pai passou fora, eu e meus irmãos continuamos morando com minha mãe, durante esse tempo minha mãe passou muita raiva conosco, porque não a obedecíamos, depois que ele voltou da Espanha, minha mãe nos entregou para ele e fomos morar no sítio, meu irmão, depois de dois anos, não aguentou mais o serviço que era pesado e voltou para a cidade indo morar com a mãe.
Eu estou aqui até hoje, aguentando as broncas do meu pai, mas sei que aqui é o melhor lugar para morar, sei que se eu for para a cidade vou sofrer mais do que no sítio e posso virar até uma pessoa sem caráter. Continuo estudando a fim de ter um futuro melhor.

C. E. A. S.

Um comentário:

  1. Por que será que menino é tão arteiro e faz tanta raiva nas mães, Cleiton? Parabéns pela sua história.

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